segunda-feira, 28 de março de 2011

O que mudou com a Física Moderna ...

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Durante as três primeiras décadas do século XX, a ciência foi radicalmente transformada por dois desenvolvimentos independentes da física: a teoria da relatividade, que se desenvolveu a partir da pesquisa de Albert Einstein, e a introdução da física quântica, que se desenvolveu a partir da pesquisa de Werner Heisenberg e Niels Bohr, entre outros. Ambos erradicaram a visão newtoniana do mundo: as noções de tempo e espaço absolutos, partículas sólidas elementares, a natureza estritamente causal de fenômenos físicos e o ideal de uma descrição objetiva da natureza.
            Esta nova ciência explorava os novos domínios da percepção humana. De acordo com a teoria da relatividade, o espaço não é tridimensional e o tempo não constitui uma entidade isolada. O tempo e o espaço são intimamente conectados, formando uma quarta dimensão conhecida como “espaço-tempo continuum.” A física quântica expôs uma realidade que repentinamente transcendeu tanto a linguagem como a razão e a união de conceitos que até então pareciam ser opostos terminaram por se tornar integrados como um todo.
Na física quântica não existem objetos. A natureza essencial da matéria não está em objetos, mas sim nas conexões. Os elétrons são manifestados como um padrão de probabilidades, espalhados pelo espaço. A forma deste padrão muda com o tempo, o que para a percepção humana pode parecer como movimento.
                  Desta maneira, começando por volta de 1900, a visão do mundo se transformou em uma visão intrinsecamente dinâmica. Os principais descobrimentos da física quântica foram recebidos com ceticismo durante os anos 1920 e 1930, demorando um certo tempo para a ciência como um todo alcançá-la. O mesmo indubitavelmente acontece em relação ao crescente conhecimento da consciência. O tempo e o espaço gradualmente se transformaram em um todo, como uma dimensão contínua na qual fenômenos ocorrem. A mudança é agora a característica fundamental. O cosmos surge como uma realidade inseparável, eternamente em movimento, vivo, orgânico, espiritual, mas também material, tudo ao mesmo tempo.

IN ENGLISH:

During the three first decades of the twentieth century, science was radically transformed by two separate developments in physics: the theory of relativity, developed from Albert Einstein’s research, and the introduction of quantum physics, developed from the research of Werner Heisenberg and Niels Bohr, among others. Both obliterated the Newtonian vision of the world: the notions of absolute time and space, elemental solid particles, the strictly causal nature of physical phenomena, and the ideal of an objective description of nature.
            The new science explored new dominions of human perception. According to the theory of relativity, space is not three-dimensional and time does not constitute an isolated entity.  Time and space find themselves intimately linked, forming a fourth dimension known as the space-time continuum.” Quantum physics exposed a reality that suddenly transcended both language and reasoning, and the unification of concepts that until then had appeared to be irreconcilable opposites ended up becoming integrated as a whole.
In quantum physics, there are no objects.  The essential nature of matter is not in objects, but in connections. Electrons are manifested as a standard of probabilities, spread throughout space. The form of this standard changes with time, which for human perception can appear as motion.
Therefore, beginning around 1900, the vision of the world morphed into an intrinsically dynamic one. The major findings of quantum physics were greeted with skepticism during the 1920s and ‘30s, and so it took a while for science as a whole to catch up. The same is doubtlessly true for the growing awareness of consciousness. Time and space gradually became a whole as a continuum dimension within which phenomena occur. Change is now the fundamental characteristic. The cosmos emerges as an inseparable reality, eternally in motion, alive, organic, spiritual, yet also material, all at the same time.


 

terça-feira, 22 de março de 2011

Realidade Multidimensional - 2

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Desde o final dos anos sessenta, quando a teoria da supercorda foi proposta pela primeira vez, os físicos teóricos não conseguiram prová-la por via de experimentos. A teoria só foi provada matematicamente. Durante o processo de tentar formular um modelo matemático para a teoria da supercorda, os físicos acabaram descobrindo uma teoria nova importante conhecida como a teoria de membrana. Além de sustentar que toda a matéria do universo é conectada a uma única vasta estrutura (a membrana), esta teoria também abriu as portas para a teoria de campo unificada, procurada por muito tempo, assim revelando a existência de mundos paralelos.
A teoria da membrana por fim abriu a consciência humana à realidade multidimensional de mundos múltiplos (ou dimensões) que coexistem simultaneamente no momento aqui-e-agora. Enquanto que a teoria da supercorda é construída ao redor de dimensões espaciais múltiplas, mas em uma única dimensão de tempo, a teoria da membrana revela a existência de dimensões de tempo múltiplas ao mesmo tempo que expande o conceito de dimensões de tempo. Essa teoria tem apoiado trabalhos importantes no paradigma multidimensional da realidade levantada pela física quântica do início do século XX.


IN ENGLISH
Since the late 1960s, when superstring theory was first proposed, theoretical physicists have been not able to prove it experimentally. It has been proved only mathematically. During the process of trying to formulate a mathematical model for superstring theory, physicists ended up discovering an important new theory known as membrane theory. Besides maintaining that all matter of the universe is connected to one vast structure (the membrane), it opened the door to the long-sought unified field theory, thereby revealing the existence of parallel worlds.
Membrane theory has ultimately opened human consciousness to the multi-dimensional reality of multiple worlds (or dimensions) that co-exist simultaneously in the here-and-now moment. While superstring theory is built around multiple spatial dimensions but on only a single time dimension, membrane theory reveals the existence of multiple time dimensions while expanding the concept of time dimensions. This theory has supported flourishing work in the multi-dimensional paradigm of reality raised by quantum physics at the beginning of the twentieth century.

domingo, 20 de março de 2011

Consciência



Experimentos em psicologia cognitiva e neurociência  já produziram evidência sobre dois tipos diferentes de consciência: consciência não-local (ou consciência global) e consciência local. A qualificação local da consciência corresponde a um modelo de referência tridimensional, como um ser descrito localmente com uma história pessoal, objetos físicos, o planejamento de tarefas, etc. É geralmente associado com o pensamento da dimensão do lado esquerdo do cérebro. Na consciência não-local ou global, a percepção é holográfica, em todos os lugares simultaneamente, e multidimensional, estendendo-se muito além da percepção tridimensional convencional. A sincronização do cérebro oferece uma maneira de se entrar na consciência global (também conhecida como “consciência mais elevada” ou “super consciência”).
IN ENGLISH
Experiments in cognitive psychology and neuroscience have produced evidence about two different kinds of consciousness: non-local consciousness (or global consciousness) and local consciousness. The local qualification of consciousness corresponds to the three-dimensional frame of reference, such as a locally circumscribed self with a personal history, physical objects, the planning of tasks, etc. It is commonly involved with the left-brain dimension of thinking. In the non-local or global consciousness, awareness is holographic, simultaneously everywhere, and multi-dimensional, extending far beyond the conventional three-dimensions. Brain synchronization provides one means of entering into global consciousness (also known as “higher consciousness” or “superconsciousness”).

quinta-feira, 3 de março de 2011

Música no século 21 - no. 2

A tendência multidimensional da música do século XXI chama nossa atenção para uma interação genuína entre a consciência e a experiência humana. Os rumos traçados por sua originalidade genuína abriram um capítulo novo e importante na história da música: uma interação entre a música e a ciência. Ciência e arte, é claro, têm andado em conjunto desde a aintiguidade, mas os desenvolvimentos a que me refiro aqui indicam um novo nível de integração. O conceito musical de planos multidimensionais em contraste a pontos em uma linha é evidenciado com a idéia de tempo como percebido pela cosmologia e pela física quântica – tudo no mundo (e, como tal, no universo) é vibratório e conectado a uma única vasta membrana.
Na busca de uma teoria de tudo (quer dizer, uma teoria de campo unificado que abrangeria todas as teorias anteriores e que poderia desvendar os segredos do universo), os físicos descobriram que as partículas sub-atômicas são, na verdade, minúsculas cordas invisíveis. Esta chamada teoria da supercorda sustenta que a matéria emana dessas cordas minúsculas da mesma maneira que a música emana das notas das cordas de um violino, por exemplo. Da mesma maneira que podemos extrair notas diferentes da corda de um violino, a natureza seria formada de todas as minúsculas notas musicais que poderiam ser tocadas nas supercordas do universo. No que parecia ser apenas um desenvolvimento repentino, os físicos se deram conta de que o universo é uma sinfonia e que as leis da física são na essência, harmonias de supercordas.
 IN ENGLISH
The multi-dimensional tendency of twenty-first century music calls our attention to a genuine interaction between consciousness and human experience. The directions taken by its genuine originality have opened up a new and important chapter in the history of music: a historic interaction between music and science. Science and art, to be sure, have always moved in concert, but the developments about which I am speaking point to a new level of integration. The musical concept of multi-dimensional planes as opposed to points in a line comes into focus with the idea of time as perceived in cosmology and quantum physics—everything in the world (and, as such, in the universe) is vibratory and connected to a single vast membrane.
In the pursuit of a theory of everything (that is, a unified field theory that would encompasses all previous theories and could unlock the secrets of the universe), physicists discovered that the sub-atomic particles are, in fact, tiny and invisible strings. This so-called superstring theory maintains that matter emanates from these tiny strings much as music emanates from the strings of a violin, for example. Just as we can extract different notes from a violin string, nature would be made up of all the tiny musical notes that could be played on the super strings of the universe. In what only seemed like a sudden development, physicists realized that the universe is a symphony and that the laws of physics are in essence harmonies of super strings.