quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

2011 - ano de efervescência cultural

Um ano de efervescência cultural. Este promete ser 2011 para a pianista e compositora Maria Alice de Mendonça. De volta ao Brasil, depois de seis anos radicada nos Estados Unidos, a pianista finaliza a preparação de uma série de projetos, que vai desde recitais de música erudita ao lançamento do primeiro DVD, apresentando seus acordes e sua arte multidimensional e multifacetada a plateias de todo o país.

Em homenagem ao bicentenário de nascimento de Franz Liszt, a pianista criou um recital único, com obras raras, pouco conhecidas e raramente executadas, com as quais pretende provocar um novo olhar sobre a obra do compositor húngaro. Nas partituras, estão raridades do século XIX, especialmente resgatadas para o concerto.

Também previsto para o início de 2011 está o lançamento do primeiro DVD “A Arte do Silêncio”. O disco foi gravado ao vivo, durante concerto realizado em dezembro de 2009, que marcou seu retorno ao país. Duas músicas foram criadas pela pianista no palco e durante a apresentação: “Sanga: encontro com o divino” e “Dança do silêncio.  No DVD, Maria Alice esbanja virtuosismo na interpretação de obras de J.S.Bach (é constantemente elogiada pelas interpretações genuínas das obras do compositor), G.Ligeti, F. Chopin e H. Villa-Lobos. O objetivo da pianista é levar o concerto que deu origem ao DVD a várias cidades do país.

Também pronto para excursionar está o espetáculo “Multidimensional”, em que a pianista oferece um novo olhar sobre a história da música ocidental, resgatando o despertar da consciência da Idade Média até os dias de hoje. A pianista convida o público a participar de um espetáculo plural, em movimento. São duas horas de apresentação, com direito a criações artísticas surgidas na hora e participação especial de quarteto vocal masculino, projeção de obras de pintores  consagrados, dança, arte cênica, leitura de textos e até pick up de um DJ. Ao contrário dos tradicionais concertos de música erudita, o público não assiste a uma apresentação estática. Participa da interação da música com outras artes, de forma viva e dinâmica. O projeto está inscrito na Lei de Incentivo à Cultura do Governo de Minas Gerais. A intenção é levar os concertos para sete cidades brasileiras: Juiz de Fora, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Vitória e Brasília.

Maria Alice finaliza, ainda, o lançamento do seu primeiro livro “Música e (Cons)Ciência - Vibrações de uma Realidade Multidimensional”, baseado na sua tese de doutorado defendida na University of California (UCLA), em Los Angeles. Destaque para as experiências com o compositor alemão Hans-Joaquin Koellreutter, precursor do movimento de renovação estética da música brasileira e um dos responsáveis pela formação da pianista.

A artista
Maria Alice de Mendonça é reconhecida internacionalmente por suas interpretações em música contemporânea e por suas composições intuitivas. Vencedora do respeitado Grammy, conferido pela Academy of Recording Arts & Sciences em 2003, Maria Alice apresenta-se regularmente em Estados Unidos, Canadá, Suíça, Alemanha, Itália, Espanha, França, República Checa, Rússia e Brasil. Suas turnês têm sempre um impacto inovador pelo espírito criativo e imaginativo de seus concertos.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Arte no século 21



A consciência cria nossa própria realidade. A consciência é expressa através da intenção (estando nós cientes ou não). A intenção é manifestada em pensamentos, emoções e ações. É a energia (veículo) para criar nossas realidades. Ao abandonar a noção de sermos vítimas, começamos a nos ver como criadores da nossa própria realidade. Nós criamos nossa estória pessoal. Qualquer coisa que aconteça no mundo externo manifesta a realidade que fica no fundo na nossa consciência. Na sua base, a consciência é energia-informação, logo a principal fonte de manifestação.
Uma implicação profunda desta premissa está no processo de criação artística. Enquanto que o pensamento pré-racional (Primeira Era) cria uma forma poética, o pensamento racional (Segunda Era) cria uma forma discursiva. O pensamento supra-racional da Terceira Era cria uma forma sistática, que integra todos os sons em um todo e é desta maneira percebida como um continnum. 
Terceira Era da história da música ocidental revela que a humanidade está evoluindo em direção a uma consciência multidimensional, na qual o processo criativo não depende do tempo linear ou de um processo de pensamento específico. A criação surge do eterno agora. Isto acontece na quietude da mente, de onde os pensamentos surgem. É deste espaço que sons surgem. A humanidade no século 21 desperta para este estado de consciência, que ocorre quando a consciência percebe que o pensamento está acontecendo – assim introduzindo a compreensão da separação entre a consciência e o pensamento.

Texto extraído do livro
Música e (Cons)Ciência. Vibrações de uma Realidde Multidimensional
de Maria Alice de Mendonça